"Ah, as Borboletas..." Porque será que existe tanto fascínio por esses belos seres multicoloridos? Devem ter centenas, quem sabe milhares de livros escritos com metáforas envolvendo a vida das boboletas. Parece que a Natureza é a mais sábia escola para a vida, um exemplo dessa verdade está na paz que encontramos ao nos isolar em algum refúgio natural, longe da selva de pedra das cidades, em meio a vida natural da rica fauna e flora terrestre, essa paz não deve ser sem explicação. Davi cantou que "os céus e a Terra anunciam a obra das mãos de Deus". Como um ser tão singelo como uma borboleta pode nos fazer pensar tanto sobre nós mesmos e a vida aqui na terra, talvez seja porque como em toda a criação, nesses seres estão também impressas marcas do Criador, afinal, a obra de um artista, de um inventor, de um Criador carrega em sua essência, muito deles mesmos, muito Dele mesmo. Tantas pequenas lições se escondem nas cores de uma borboleta, e especialmente no seu ciclo de vida... Primeiro o Ovo, a larva em seguida, a pupa dentro do casulo e finalmente o imago com a borboleta mais bela saindo do casulo. A importância do Processo e do respeito a esse talvez seja uma das coisas mais profundas que aprendemos com as borbletas. É um contraste aprender com as borboletas sobre a importância de se respeitar o processo vivendo no mundo do fast tudo, em que tudo é pra ontem, anteontem, time is money, enfim, não se tem tempo a "perder". Mas será o tempo do Processo pelo qual passam as borbletas um desperdício? O Processo de repousar em um casulo quando ainda é um ser estranho e a metamorfose que sofre se transformando num dos mais belos seres da natureza deixa claro que ela não perdeu nem desperdiçou nada por respeitar o processo e gastar tempo com isso. As vezes a vida pede um pouco mais de calma, e o corpo um pouco mais de alma, como diz a canção. Quem sabe tenhamos ao longo da vida esses momentos de entrar no casulo e repousar, deixando que o tempo faça seu trabalho naturalmente em nós, até que estejamos prontos pra sair novamente, muito mais belos, muito mais livres, e até sabendo voar. Que nos ensinem as Borboletas... Sua Sempre.
No mistério do sem-fim
Equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o sem-fim,
a asa de uma borboleta
Cecília Meireles
Nenhum comentário:
Postar um comentário