quarta-feira, 14 de julho de 2010

QUAL A SUA HISTÓRIA FAVORITA?

Steiner, um dos importantes teóricos da Análise transacional, nos diz que o mundo dos contos de fada nos oferece pistas úteis para a personalidade. Uma coisa que aprendi sobre as pessoas é que elas, mesmo que muitas vezes inconscientemente, estão sempre, SEMPRE, buscando entender a si mesmas e descobrir quem são. Quem nunca se fez essa pergunta: "porque eu sou assim?" Isso não é acaso, eu já disse, já tá ficando chato repetir, mas repito que quem não sabe quem é vive perdido e sem rumo, saber quem se é, é uma das coisas mais fundamentais da nossa existência. Voltando ao assunto dos contos de fadas, uma das primeiras perguntas que um analista transacional faz para um cliente, paciente é: "qual sua história infantil favorita?" a resposta a essa pergunta começa a revelar também as respostas que se buscam em terapia, começa a mostrar para o terapeuta e principalmente para o cliente, paciente quem é essa pessoa que está sentada no divã (não sei se analista transacional usa divã, mas todos entenderam). Nossas preferências não são fruto do acaso, (aliás, na minha opnião, poucas coisas na vida são fruto do acaso), se uma pessoa se identifica com uma história em particular, com um personagem em particular, não é sem motivo, existem projeções, foi encontrado por essa pessoa algum tipo de "conforto" naquela história, que de alguma maneira, muitas vezes inconsciente pode tê-la ajudado a lidar ou se deparar naquele momento com seus próprios conflitos e personalidade. É engraçado pensar em Jesus como um contador de histórias, com suas parábolas, que pareciam atingir diretamente e profundamente o coração das pessoas. As pessoas ao ouvir as histórias de Jesus, identificavam-se com os personagens a ponto de entenderem verdades sobre elas mesmas, terem verdadeiros insights e assim, conseguiam ser livres de uma sorte infinita de prisões mentais e espirituais. É impressionante ver a sabedoria terapêutica de um homem que viveu há mais de 2 mil anos atrás, quando a Psicologia não era nem ao menos uma idéia. Com certeza uma das perguntas que ele veio não só fazer mais responder pra quem quisesse saber é essa: Quem é você? Sugiro então que preste atenção às histórias que você "gosta", tente lembrar da sua história preferida na infância, e se você puder faça terapia! Na minha opinião é muito útil, desde que com um profissional sério e centrado, fazer terapia, e um dos motivos é esse: descobrir mais sobre você mesmo, porque isso ajuda muito a diminuir seus conflitos internos e externos. E há Dois Mil anos viveu na Terra um homem que já sabia muito sobre você, vale a pena parar pra saber sobre Ele. Um abraço, Sua Sempre

"Os contos de fadas, os mitos e as histórias proporcionam uma compreensão que aguça nosso olhar para que possamos escolher o caminho deixado pela natureza selvagem. As instruções encontradas nas histórias nos confirmam que o caminho não terminou, mas que ele ainda conduz as mulheres mais longe, e ainda mais longe, na direção do seu próprio conhecimento." Clarissa Pinkola Estés (no liivro "Mulheres que correm com os lobos" - Sugestão de Leitura)

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